segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Malafaia e Kit-Gay só atrapalharam, afirma coordenador da campanha de Serra



Ao apontar os possíveis erros da candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, o deputado Edson Aparecido, coordenador da campanha tucana, citou a polêmica em torno do kit anti-homofobia na primeira semana do segundo turno como um dos principais problemas enfrentados. 

“Patinamos uma semana discutindo um assunto que não era da nossa campanha, que foi o chamado kit-gay, que virou personagem da campanha. Isso não era uma estratégia nossa. Uma coisa que veio de fora e ocupou o debate da cidade”, disse.

Na primeira semana após o primeiro turno, o pastor evangélico Silas Malafaia, que apoiava Serra, deu início às polêmicas envolvendo o kit anti-homofobia.

O pastor atacou o que ficou conhecido como "kit-gay" do MEC, idealizado quando Haddad estava à frente da pasta, em 2011. O material não chegou a ser distribuído porque foi barrado pela presidente Dilma Rousseff após pressão das bancadas católica e evangélica do Congresso Nacional.

O debate se voltou para Serra quando a imprensa divulgou que o tucano distribuiu aos professores material de conteúdo semelhante quando era governador, em 2009 --ele negou a semelhança e fez críticas ao material do MEC.

Haddad, então, declarou que a discussão fomentava a "intolerância", mas os dois candidatos evitaram se posicionar claramente sobre o tema durante a troca de ataques.

Segundo Aparecido, o tempo perdido com o kit-gay poderia ter sido usado para discutir a ampliação do Bilhete Único de três para seis horas, proposta por Serra na última semana.

“Deixamos de discutir esses dois assuntos que, na reta final, fizeram inclusive a gente recuperar [votos]. A população entendeu a proposta do Serra sobre o Bilhete Único e o perigo de o PT acabar com as organizações sociais. Então a gente voltou a crescer, e ele [Haddad] começou a cair. Só que não deu tempo de fazer a curva novamente”, disse Aparecido.

Fiéis declaram-se avessos ao uso da religião na disputa eleitoral

Apesar de questões de cunho religioso terem criado polêmica entre os candidatos na corrida pela prefeitura de São Paulo, "eleitores-fiéis" mostraram-se resistentes à influência do tema na disputa pela administração municipal deste domingo.

A questão religiosa esteve no centro do debate pelo comando da maior cidade do país desde o primeiro turno, com a discussão em torno da influência da Igreja Universal do Reino de Deus na candidatura de Celso Russomanno, cujo partido, o PRB, é ligado à essa igreja.

No segundo turno, sem a presença de Russomanno, boa parte da disputa entre o petista Fernando Haddad --apontado pela pesquisa como provável vencedor--, e o tucano José Serra, girou em torno do kit anti-homofobia criado na gestão de Haddad à frente do Ministério da Educação. Alvo de críticas de setores religiosos, o material foi apelidado de "kit-gay".

"Os políticos estão achando que se aconchegando aqui na igreja eles vão conseguir puxar o povo ali para o lado deles", disse a administradora Gislaine Aparecida da Silva, 32 anos, ao deixar uma missa celebrada pelo bispo católico dom Fernando Figueiredo, na zona sul da capital.

"Mas no final, a gente vota em quem quer", acrescentou.

Tanto Haddad quanto Serra compareceram a missas celebradas por dom Fernando e pelo padre Marcelo Rossi durante a campanha.

Na disputa pelo segundo turno, o pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que líderes evangélicos não dariam "refresco" a Haddad, e criticou assiduamente o kit anti-homofobia, que acabou não sendo distribuídos em escolas como o previsto por decisão da presidente Dilma Rousseff. 

Como reação às críticas de Malafaia, o petista convocou reunião com lideranças de 20 cultos evangélicos, que publicaram manifesto defendendo Haddad. 

Na campanha eleitoral no primeiro turno, um texto publicado em maio de 2011 pelo presidente do PRB, Marcos Pereira, que coordenou a campanha de Russomanno, associando o kit anti-homofobia à influência da Igreja Católica foi amplamente divulgado em redes sociais no primeiro turno.

Em setembro, a Arquidiocese de São Paulo emitiu uma nota de repúdio contra a publicação, afirmando que o PRB é "manifestadamente ligado à Igreja Universal".

Religião é uma coisa, política é outra

Fiéis católicos e evangélicos consideram que a polêmica não é determinante na hora de votar.

"Já vi alguns padres pegando pelo lado da consciência do voto, não indicando um nome ou outro", disse o gerente de vendas Franklin Albuquerque, 40 anos, católico. Ele acrescentou que não ouviu menção ao kit anti-homofobia em sermões.

"Religião é uma coisa, política é outra coisa", acrescentou Albuquerque.

Um eleitor católico, que frequenta a missa com dom Fernando toda a semana, disse que não concorda com o kit anti-homofobia. "Mas isso não me impede de votar no Haddad", afirmou ele, que não quis se identificar


Com informações Uol/Reuters


Malafaia é o "abraço de afogado" da política nacional e conseguiu a proeza de ser mais 'mala' do que o Maluf. Malafaia, mano, conto com seu apoio para a campanha do Kassab em 2014! KKK 

Cala a boca malafaia!


E não é que a TV bandeirantes calou a boca do pastor…No dia 28/10/12 o programa “fala malafaia” se despediu da TV (vai tarde). Embora o pastor falasse que já tinha muitos outros programas para disfarçar o chute que levou da TV bandeirantes, o mesmo já estava dando prejuízo para a emissora que amargou menos de 50 mil televisores, isso  desde o  início.
malafaia encerrou com chave de ouro mostrando novamente a importância da sua  vaidade evangélica entrevistando um cabeleireiro das celebridades.Na maior parte do programa, o cabeleireiro Edson Freitas mostrou sua virtudes “evangélicas”  e o poder financeiro que o transformou na aurora da perfeição  divina, ou seja, o primeiro homem sem pecado, rico e farto de prosperidade.
“Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis.”  (Lucas 6 : 25)
Mas nem tudo está perdido! A TV Bandeirantes ainda pode substituir o “fala malafaia” pelo  “ RR Soares e você”. Basta saber se o missionário estará disposto a concorrer com Ana Maria Braga, Sonia Abrão, Kátia Fonseca, Nelson Rubens  e outras.
Transformar mega pastores em fantoches que apresentam programas estúpidos é uma das mais importantes armas da Nova Ordem Mundial de Baha’u’llah, especialmente quando o assunto é  [1] direitos humanospara fazer oposição a agenda gay  ou  [2] divulgar a  falsa  expansão da classe “c”como solução espiritual para problemas econômicos, tema do último programa de malafaia.
Mas no horizonte surge uma nova tempestade na vida de malafaia e chama  Haddad….Afinal, é isso que dá um pastor ficar mexendo com política.
[1] http://apocalipsetotal.wordpress.com/2010/07/27/os-principios-sociais-da-nova-ordem-mundial-%E2%80%93-parte-1/
[2][ - http://apocalipsetotal.wordpress.com/2010/08/01/os-principios-sociais-da-nova-ordem-mundial-%E2%80%93-parte-5/


VIA

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“Silas Malafaia não representa o povo evangélico brasileiro”, afirma pastor, criticando episódios das eleições



Em meio às polêmicas protagonizadas pelo pastor Silas Malafaia a respeito das eleições municipais em São Paulo, o pastor Paulo Siqueira, colunista do Gospel+, publicou um artigo contundente em seu blog, questionando a motivação do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).
Siqueira afirma que “Silas Malafaia e sua turma não representam os verdadeiros evangélicos deste país, que ainda lutam por um país mais justo, mais igualitário, mais verdadeiro” e que o pastor não representa os evangélicos que “acreditam que isso só será possível através da pregação do Evangelho de Cristo, que se coloca totalmente contrário ao sistema religioso e político, Evangelho este que não se alia à corrupção ou à injustiça”.
O contexto sociocultural foi frisado pelo pastor: “É preciso dizer que estamos num país onde se diz que política e religião não se discute, retrato fiel imposto pelos nossos colonizadores (que sempre usaram da argumentação política e religiosa para impor sobre todo o povo o domínio, tanto mental como cultural”.
Segundo Siqueira, Malafaia tem se posicionado de forma errada, no caminho inverso ao que deveria ser tomado: “Ao invés de se opor ao sistema com as armas e os valores da Reforma Protestante, faz o contrário: se despe dos valores essenciais da cultura cristã e se alia ao sistema político, buscando para isso o poder, pois pelo visto e pelos seus discursos dinheiro não lhe falta mais. O que almeja no momento é o poder”, enfatiza Siqueira.
Indignado com a postura de Silas Malafaia, Siqueira frisa que o pastor da ADVEC não tem legitimidade para falar em nome de todos os evangélicos: “Quem tem visto as mídias nas últimas semanas tem a impressão de que esse cidadão fala em nome de todos os evangélicos, porém é preciso dizer em alto e bom som que esse cidadão caminha em sentido contrário e totalmente desorientado ao verdadeiro Evangelho, que todos os evangélicos deveriam representar, pois o termo ‘evangélico’ quer dizer aquilo que vem do Evangelho”.
A contundência das críticas de Siqueira, que lidera o Movimento pela Ética Evangélica Brasileira, classifica as ideias do pastor Malafaia como hereges: “Lamentavelmente, o Sr. Silas e sua turma de hereges contemporâneos têm, há muito tempo, deturpado os valores do verdadeiro Evangelho com arrogância, ganância desenfreada, em busca dos valores deste mundo, pois a teologia que hoje vivenciam tem saciado unicamente às suas vaidades pessoais”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Silas Malafaia não representa o povo evangélico brasileiro”, do pastor Paulo Siqueira:
Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus. – Salmos 20.7
Nos últimos meses, estivemos inseridos no processo político para a escolha de prefeitos e vereadores em todo o Brasil. De forma cotidiana, o processo político caminhou, com horário político na tv e rádio. Porém, neste ano, principalmente na cidade de São Paulo, o maior berço político do país, tivemos a inserção do tema “religião”.
É preciso dizer que estamos num país onde se diz que política e religião não se discute, retrato fiel imposto pelos nossos colonizadores (que sempre usaram da argumentação política e religiosa para impor sobre todo o povo o domínio, tanto mental como cultural. Isso é refletido por séculos de atraso e avanço no que podemos de uma consciência e de um entendimento real e verdadeiro do que é política e para que serve. Assim, vemos o domínio de coronéis a grandes empresários, ou seja, o dinheiro e o poder são os veículos que conduzem a política brasileira.
Lamentavelmente, isso é reforçado pelo poder religioso, que também usufrui do dinheiro para alicerçar o seu domínio sobre o povo. E novamente a história se repete, porém desta vez um líder evangélico que, ao invés de se opor ao sistema com as armas e os valores da Reforma Protestante, faz o contrário: se despe dos valores essenciais da cultura cristã e se alia ao sistema político, buscando para isso o poder, pois pelo visto e pelos seus discursos dinheiro não lhe falta mais.
O que almeja no momento é o poder.
Quem tem visto as mídias nas últimas semanas tem a impressão de que esse cidadão fala em nome de todos os evangélicos, porém é preciso dizer em alto e bom som que esse cidadão caminha em sentido contrário e totalmente desorientado ao verdadeiro Evangelho, que todos os evangélicos deveriam representar, pois o termo “evangélico” quer dizer aquilo que vem do Evangelho.
Lamentavelmente, o Sr. Silas e sua turma de hereges contemporâneos têm, há muito tempo, deturpado os valores do verdadeiro Evangelho com arrogância, ganância desenfreada, em busca dos valores deste mundo, pois a teologia que hoje vivenciam tem saciado unicamente às suas vaidades pessoais. Agora, após conquistar mansões, carros importados, aviões, jóias, roupas de grife, ou seja, todos os prazeres que este mundo oferece (porém não sacia e não traz a paz), o Sr. Silas, se apoiando de forma totalmente errônea a versículos isolados da Bíblia, investe na busca do poder político. Para isso, faz conchavos e acordos, não se importando com ideologias ou valores, simplesmente com a busca pelo poder.
Mas isso já faz parte do contexto desse Sr., que há muito tempo busca o domínio de sua denominação e, não conseguindo, funda para si um domínio para saciar a sua incansável sede de poder. Para isso, não se importa se o político é maçom, se é corrupto, se apóia valores contrários aos valores cristãos.
Dentro de tudo isso, é preciso dizer que Silas Malafaia e sua turma não representam os verdadeiros evangélicos deste país, que ainda lutam por um país mais justo, mais igualitário, mais verdadeiro, e que acreditam que isso só será possível através da pregação do Evangelho de Cristo, que se coloca totalmente contrário ao sistema religioso e político, Evangelho este que não se alia à corrupção ou à injustiça.
É preciso citar aqui que um dia o deus deste mundo apresentou todos esses valores, que hoje, para o sr. Silas e sua turma, são essenciais. Porém havia uma condição: Jesus teria que se dobrar e adorar o deus deste mundo. E Jesus disse a frase: “sai daqui, satanás, as Escrituras ordenam: adore somente o Senhor, o seu Deus. Sirva somente a Ele” (Mt 4.10 – Bíblia Viva).
Ainda é preciso dizer que a Bíblia nos exorta a não acumularmos tesouros nesta terra, mas antes acumularmos tesouros nos céus (Mt 6.19-20).
Porém, o que eu gostaria de deixar é que o povo chamado “protestante” ainda existe, e está atuante, sem temer os poderes deste mundo. Por isso que denunciamos e trazemos a verdade, para que o mundo saiba que os valores cristãos estão acima dos valores deste mundo, e que Silas Malafaia e sua turma estão aquém do verdadeiro Evangelho de Cristo. Assim, que todos estejam atentos.
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” – Mt 16.26
Voltemos ao evangelho puro e simples, o $how tem que parar!
A Deus, toda a honra e toda a glória para sempre.
Paulo Siqueira

Fonte: Gnotícias, em 15/10/12

terça-feira, 16 de outubro de 2012

DEUS NÃO PRECISA DE CAMPANHAS PARA AGIR!

"Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus". (Mateus 4.4)

Fico boquiaberto com a criatividade dos mercadejadores do evangelho em suas campanhas de prosperidade! As pessoas são levadas como gado a se ajuntarem em busca de benesses materiais, e são envolvidas em um clima de delírio coletivo que leva muitos deles a sacrificarem tudo, incluindo a própria razão.

A primeira tentação a que Jesus foi submetido foi justamente a de sacrificar a simples presença de Deus pela satisfação plena de suas necessidades legítimas. Repare comigo pelo contexto da passagem citada que Jesus estava há 40 dias sem comer, e foi sugestionado por Satanás a transformar várias daquelas pedras (em forma de pães) que abundavam naquele deserto em pão de verdade. Nada mais legítimo! Nada mais compreensivel! Nada mais tentador!

Mas, Jesus fez questão de reorientar o seu foco: até aquele momento ele havia sido sustentado apenas pela palavra de seu Pai, e não deveria ser diferente no decorrer de sua vida. Naquele momento o passado beija o futuro, mas Jesus firmado no presente diz: o pão saciaria minha fome urgente, mas não abro mão do que é importante, o próprio Deus. Jesus não sacrifica sua comunhão com o Pai no atendimento de uma necessidade puramente humana (embora necessária, pois repare que Jesus disse "nem só de pão", o que implica em "também de pão").

Fazendo uma aplicação rápida percebo que esses obreiros fraudulentos que têm usado a palavra do Senhor para sugestionar rebanhos inteiros a confiarem na satisfação de suas necessidades imediatas estão na realidade emprestando seus lábios ao próprio Satanás. São servos do diabo, que persiste em seu propósito funesto de desviar homens e mulheres a uma busca desenfreada por sucesso pessoal e satisfação apenas de seus caprichos egoístas! Suas igrejas são grandes "shopping centers da fé" onde a mercadoria é um evangelho barato de Jesus que não salva ninguém do inferno, apenas torna a vida mais confortável aqui na terra!

Gosto de fazer pontuações pelo grego bíblico, e descubro que "palavra que sai da boca de Deus" aqui no texto tem a ver com "rhema" e não com "logos" para traduzir "palavra". O que isto pode significar? Não quero ficar me atendo às grandes discussões se esses termos no grego são sinônimos ou não, mas me parece que "rhema" tem a ver com "palavras específicas" e não com discursos bem elaborados ("logos", radical da nossa palavra "lógica"). 

Caso meu pensamento esteja na direção correta o que vem a gerar vida no coração do crente não é a elaboração de um pensamento doutrinário sistemático (embora isso seja sobejamente importante!), mas sim a lembrança de princípios bíblicos que podem ser aplicados no nosso cotidiano. Em outras palavras, temos de abrir mão tanto do irracionalismo neo pentecostal quanto do superracionalismo tradicional, pois ambos conduzem o homem ao pecado mãe de outros pecados: o orgulho.

Gosto de pensar orgulho como sugere Jonathan Edwards, como "a pior víbora que há no coração, e o maior perturbador da paz da alma e da doce comunhão com Cristo, é a mais escondida, secreta e enganosa de todas as lascívias".

Temos de vigiar o nosso coração constantemente para não sermos escravos de milagreiros travestidos de evangelistas, que enganam o povo com promessas de soluções para os seus problemas humanos, que não apontem para Cristo, o "homem de dores". E, da mesma forma temos de cuidar para não sermos legalistas que apontam para a letra da lei como se ela pudesse criar vida em ossos que já estão secos de esperança, à espera do sopro do poder do Espírito Santo de Deus.

O equilíbrio está em Jesus. Sem campanhas, sem "cultos de libertação", sem "noites de vitória ou de conquista", apenas Jesus! Ele nos basta! Faça como o próprio Jesus orienta: "Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará!". O que passar disso, é invencionice humana, palavras de lobos fantasiados de pastores!

Tenho dito.

Pr.Ezequias Marins

VIA

Expocristã ou ExpoMAMOM 2012?


Pois é. Como em todo ano de 2009 para cá, mais uma vez estivemos na Expocristã em São Paulo. E mais uma vez nos deparamos com mais do mesmo: a vaidade exacerbada desses artistas (sejam pregadores, sejam músicos), demonstrada através de fotos pessoais em tamanho monumental em seus estandes; um público em sua maioria ávido por participar dos shows gospel e de pegar autógrafos ou tirar fotos de seus ídolos, numa idolatria a homens mais do que aberta; vários estandes com bons materiais às moscas (pois embora a desculpa gospel para se ir à feira seja a de adquirir materiais para evangelização, a verdade para a maioria é apenas ver gospel famoso e se divertir); políticos gospel e seculares andando de lá para cá, bastante acessíveis ao público, distribuindo beijos e abraços em troca da promessa de voto fácil; e algumas bizarrices gospel maiores do que as já citadas.
Não é implicância, sério. Mas não dá para imaginar que a feira tenha por fim levar a Palavra de Deus. Seu fim é o de levar os fiéis a consumirem os produtos gospel, afinal, já que eles vão ter que consumir alguma coisa, que seja alguma coisa sob o marketing cristão.
Mas desde quando Cristo se tornou um produto de mercado?
Desde quando não sei, só sei que se tornou. Ele, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós, o próprio Verbo tornou-se um produto, e dos mais rentáveis. Na feira havia Bíblias sendo vendidas a R$ 1,99, e outras vendidas a R$ 50,00, R$ 110,00, R$ 118,15.
Ora, mas a Palavra de Deus não é a mesma? Então, como entender um disparate tão grande nos preços das Bíblias?
Eu não entendo, já que não acho justo alguém enriquecer às custas da Palavra de Deus. Se alguém consegue vender por R$ 1,99, não dá para entender que se venda por R$ 118,15. Um exemplo é a Bíblia da Batalha Espiritual e Vitória Financeira, que em seu lançamento, em 2009, era vendida por mais de R$ 100,00 (e “dada de graça” para quem ofertasse R$ 900,00). Nessa edição da feira, estava sendo vendida por R$ 50,00. Ora, será que ela já não poderia ter sido vendida a 50 em seu lançamento (pois, mesmo a cinquenta reais, duvido muito que não haja algum lucro, mesmo pequeno)?
A Palavra de Deus tornou-se um produto, vendido sob a forma de Bíblias e também sob a forma de pregações pagas a alto preço. Quantos artistas pregadores gospel iriam à sua igreja levar a Palavra sem um cachê preestabelecido? E quantos dos que se dizem músicos gospel fariam o mesmo?
Ficamos surpresos, para não dizer indignados, com o “grande lançamento” da feira deste ano: a urna blindada, que serviria para evitar que as ofertas e dízimos coletados sejam roubados pelos fiéis. Aí me lembrei de uma passagem do livro A Igreja do Caminho, do Jack Hayford, onde ele conta que os fiéis de sua igreja colocavam suas ofertas no gazofilácio, porém quem tinha necessidade tinha autorização para, ao invés de colocar, retirar um valor. O mais impressionante, segundo Hayford, era que nunca havia falta de ofertas: sempre sobrava dinheiro para a igreja. Não era para agirmos assim, de acordo com a Igreja de Atos?
(parágrafo acrescentado em 02/10/12) Um lançamento que perdemos, mas que descobrimos hoje ao acessar o site da Revista Isto É (assista ao vídeo da Expocristã, cerca de 6 minutos): o “Cocktail Gospel”. Segundo a propaganda do anunciante no vídeo, chega de festa de crente só com suco e refrigerante! O cocktail gospel faz as festas de crente ficarem como as festas seculares, com o diferencial gospel, é claro: sem álcool. Assim, a igreja pode se conformar com este mundo com a consciência tranquila (baladar pode, contanto que não tenha álcool). Raça de fariseus hipócritas que somos!!!
Como nos demais anos, lá estávamos, em pequeno grupo, passeando com nossas camisetas. Em meio ao carnaval gospel, alguém leu uma das frases bíblicas em nossas camisetas e exclamou, indignado: “Como o diabo é sujo!”. Como se o diabo é que tivesse escrito aquelas partes da Bíblia que os da Teologia da Prosperidade preferem ignorar a encarar com temor, tremor e seriedade…
Entre uma multidão de mauricinhos e patricinhas gospel, havia pessoas com o coração puro e voltado a Deus. Entre esses, tivemos a grande alegria de reencontrar o Pr. Hector e sua esposa Raquel, mais vítimas de sistemas religiosos enganosos, focados em pseudo-visões numerológicas, que cegam seus líderes e os fazem joguete dos fundadores dessas visões. Mas, graças a Deus, hoje têm sua igreja firmada em Cristo, não em 12, 7, 4 ou outro número qualquer.
Abaixo um resumo do que vimos nessa feira. Após assistir ao vídeo, responda para si mesmo: é uma Expocristã ou uma ExpoMAMOM?
VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES,
O $HOW TEM QUE PARAR!