terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Respostas àqueles que me agrediram em virtude do Festival Promessas

 
Na semana passada eu fui xingado, achincalhado e zombeteado por inúmeras pessoas. Isso se deve ao fato de ter escrito doi texto controverso onde afirmei  quatro motivos porque não assisti o festival promessas. 

Pois é, isso foi suficiente para receber todos os tipos de ofensas. Uma pastora (existe isso?) de forma raivosa afirmou que eu não era crente, muito menos seu irmão. Um outro emitiu a seguinte pergunta: "Quem você pensa que é seu pastorzinho? Vá se converter! Isso sem falar é claro, nas ofensa impublicáveis!

Bom, diante destas acusações resolvi responder aos meus detratores concordando com eles que de fato eu nada sou sou!

Eu não possuo unção apostólica nem tampouco sou apóstolo.

Eu não emito atos proféticos, nem tampouco sou melhor do que ninguém.

Minha adoração não é extravagante, meus louvores não são repetitivos, não canto músicas para o diabo, nem tampouco sou levita do Senhor.

Não frequento shows recheados de promessas, não participo de boates gospel.

Não demarco territórios com urina, não tenho a unção do leão, nem troco o anjo da guarda. Não sou dualista, muito menos maniqueísta. Não dou ordens a Deus, nem tampouco determino através de atos proféticos o que o Soberano tem que fazer.

Não sou judaizante, não toco shofar, não possuo réplicas da arca e do tabernáculo em minha igreja, como também não sou adepto do retété de Jeová. Não ando com cajado na mão, não tenho a unção do riso, não creio em galo que profetiza, nem meus sapatos são de fogo.

Não fui arrebatado ao terceiro céu, nem tampouco tive uma nova e especial revelação. Não uso sal grosso para espantar mal olhado, não saio por aí ungindo objetos inanimados, nem tampouco sincretizo o evangelho do meu Salvador. Não manipulo anjos, não comercializo a fé, não vendo indulgências. Não prego a graça barata, nem tenho por hábito quebrar maldições.

Graças a Deus que nada sou. Na verdade, não passo de um pecador redimido pela graça do Senhor.

Soli Deo Gloria,

Via Renato Vargens


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Entrevistando um crente do Século XXI


Como anda a sua comunhão?
Crente: Comunhão? Eu não preciso estar em contato com outros salvos pra ser salvo, já que salvação é individual, pelo menos foi o que eu sempre ouvi dizer. Os outros que se virem para serem salvos também, afinal, Deus deu uma vida pra cada um pra que qual tome conta da sua. Eu não tenho nada com os problemas de ninguém. Cada um é que peça ajuda a Deus por si mesmo.
E o que você pensa sobre suportar os irmãos em amor?
Crente: Suportar os irmãozinhos da igreja em amor? Deus é que tem a obrigação de suportá-los. Eu já tenho que aturar muita gente e não tenho paciência nenhuma. Passo a semana todinha gastando a minha paciência e no domingo tenho que aturar mais gente chata? Tô fora!
O que você entende por talento e como costuma usá-lo?
Crente: O que que tem os meus talentos? Deus me deu pra usar em meu proveito, para eu conseguir ganhar dinheiro e ter sucesso, fama, reconhecimento. Como assim usá-los em favor do Reino? Eu quero é ganhar dinheiro e ser feliz sendo reconhecido no mercado com aquilo que faço de melhor. E eu vou conseguir. Trabalhar na igreja é perder tempo.
Por que você vai à igreja, então?
Crente: Por que vou à igreja? Bem, eu vou à igreja porque é um lugar onde me sinto bem. Lá ouço palavras de conforto que fazem bem ao meu ego. As músicas são legais, dá até pra pular, bater palma, sorrir, e isso me faz bem, já que elas têm uma mensagem que sempre me exaltam e dizem que eu sou vencedor, campeão – e quem não gosta de se sentir um campeão? E também, o que eu estaria fazendo em casa? Não tem nada pra ver na TV. Quer dizer, até tem, mas já encheu a paciência. É melhor estar num lugar que faça bem pro meu ego. Além disso, preciso estar lá, afinal, já que eu pago o dízimo, preciso usufruir de alguma coisa, pelo menos.
E se eu te perguntasse sobre o que você menos gosta na sua igreja?
Crente: Ah, de tudo mesmo, o mais difícil de aturar é a convivência com as pessoas. Eu não suporto gente, ainda mais gente chata. Lá na igreja todo mundo fica preocupado com a minha vida, e isso me irrita.
Com que frequência você lê a Bíblia?
Crente: Bem, eu não tenho muito tempo pra ler a Bíblia, mas todo domingo no início do culto eu leio a Bíblia no projetor lá da igreja. Sinceramente, eu não entendo nada. Prefiro meu pastor falando. Ele sabe extrair muitas lições para conquistarmos nossa vitória através dos textos. Na semana passada ele falou sobre “Os 7 passos de Balaão para a vitória”. Gostei muito!
Alguma consideração final?
Crente: Ah, tem outra coisa que eu esqueci de dizer, o pastor sempre traz uma palavra inteligente. Os temas dos sermões dele são sempre voltados pra mim. Adorei uma mensagem que ele pregou sobre “7 passos para conquistar o impossível”! Um tema bem parecido com um livro de auto-ajuda que li uma vez. Bom mesmo. O legal é que não tenho necessidade nenhuma de pensar, porque meu pastor pensa por mim, ele é mais que um líder, é um pai pra nós. Ttem sempre um decreto pra minha vida e eu sei que serei abençoado se seguir tudo o que ele diz.
Ok. Eu conversei com um crente do século XXI. Entreviste-se e responda as mesmas perguntas que ele respondeu. Será que em algum ponto você vai concordar com ele ou não? Responda nos comentários.
***
N. do E.: A ideia para esse post me ocorreu hoje, quando comecei a ler o livro do pastor Mark Dever intitulado “O Que é uma Igreja Saudável?” o qual tem me encantado. Tenho aprendido de verdade o que Deus diz em Sua Palavra sobre o que é Igreja. Isso tem me levado à reflexão sobre todo esse estado de coisas que tenho visto acontecer no Brasil, bem como me preocupar ainda mais com a igreja onde congrego. Desejo que através desse texto você seja levado a pensar também sobre como tem se relacionado em igreja e encarado o desafio de pertencer a ela como cristão verdadeiro.

domingo, 25 de dezembro de 2011

O AMIGO OCULTO


Sabe aquele dia em que nos encontramos em profunda angustia? E quando esse fatídico dia parece querer permanecer a nos angustiar por semanas, meses e às vezes até por anos?
Nesses dias, tudo o que queremos é uma resposta. Uma saída que nos leve a algum lugar de puro refrigério. Queremos que a noite passe logo, pois são nas madrugadas os mementos em que as dores aumentam ainda mais.
Sabe aqueles amigos que vem até nós com um aparente desejo de nos ajudar, mas no final acabam piorando a nossa dor com palavras tão duras quanto as pedras que temos que quebra debaixo do sol impiedoso da nossa  existência?

Já experimentou o desconforto de uma caminhada com pés descalço em um chão aquecido horas a fio pelo sol de verão? 

Já tentou pegar algo que é que precisa em cima de algum armário, e a escada que você tem não permite que suas mãos alcancem o que você busca?
Já saboreou o desgosto de perder a resolução de alguma questão importante por causa de algo que fez com que você chegasse atrasado ao encontro.
Já se sentiu sozinho mesmo tendo a sua agenda cheia de amigos de outras horas menos sofridas?

Já esperou por uma boa notícia que era líquida e certa, mas que na hora “H” a parte líquida molhou o que era dado como certo?

Já se sentiu esquecido de Deus? Já se sentiu abandonado por Jesus?
Isso já aconteceu antes:

Lembro-me bem de um homem que era integro; correto. Um cara de família e trabalhador honesto... Um gente boa... Não era a toa que era próspera e feliz; que tinha filhos, filhas, e um esposa do jeito que sempre quis.

Vez por outra, as coisas costumam mudar na vida da gente. E com ele também não foi diferente.
O Senhor da existência resolveu por sua soberania e anuência bagunçar a sua existência. O Senhor da vida e da morte precisava demonstrar a quem quer que viesse dele duvidar que sempre foi e sempre será o mesmo que tira de alguém a sua sorte e para o mesmo a faz voltar.


O Cara que era justo e integro, feliz e contente, rico e sorridente agora estava num mato sem cachorro quente. Num carro sem rodas que rolasse pra frente. Num navio sem destino. Num destino sem sorrisos...
Era o caos que chegava na sua agora miserável vida. Era a sua felicidade sendo perdida de vista!

O Cara perde de uma hora para a outra, filhos, riquezas, fazendas e saúde. Perde tudo que acreditava lhe pertencer. Vê-se então, em um deserto quente que o fazia derreter.
Por dias, meses e anos ele precisou conviver com o fato de parecer um resto de ser humano, pobre e miserável, sem saúde e angustiado.

Até que ele viu o amigo oculto que agora a ele se revelava. Até que ele conheceu o amigo que apenas conhecia através das histórias que a ele eram contadas.

O presente que o amigo antes oculto deu a Jó, não pode ser comparado a nenhum outro, pois somente quem perde  de uma hora para a outra a razão do seu existir, pode entender a importância de um presente oferecido de graça a você e a mim: Jesus!

Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Jó 42:5
por Jailson Freire

sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL QUERIDOS LEITORES!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Neste Natal nós desejamos que a "Paz e a Harmonia" encontre moradia em todos os vossos corações.

Que a Esperança seja um sentimento constante em cada ser que habita nesta terra.

Desejamos que o Amor e a Amizade prevaleçam acima de todas as coisas emocionais e materiais.

Que as Tristezas ou Mágoas, sejam banidas dos corações, dando lugar apenas ao Carinho e ao Amor verdadeiro.

Que a "Dor do Amor", encontre o remédio no Amor de Deus e de Seu Filho Jesus.

Que a "Dor Física", seja amenizada e que Deus esteja ao lado de todos, dando muita força, fé e coragem.

Que a Solidão seja Extinta, e no seu lugar se instale a Amizade Verdadeira, e o Companheirismo.

Que as pessoas procurem olhar mais a sua "Volta", e não tanto para "Si" mesma.

Que a Humildade e o Respeito residam na Alma e no Coração de todos.
"Que saibamos Amar e Respeitar o Próximo como a nós mesmos".

Desejo também que nosso pedido se realize não só neste Natal, mas em todos os dias de nossas vidas!

Desejamos à você,

UM FELIZ NATAL

Pr Dornel e FAMÍLIA

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Não, a Rede Globo não gosta dos evangélicos.


Já que a maioria resolveu usar Fp 1.18para falar do Promessas, eu resolvi mudar o foco. Vamos pensar hipoteticamente que todo mundo que tava lá era de Jesus e que tudo tava "uma benção". Alguns diriam: "O que importa é que o Evangelho foi pregado". Que Evangelho? A que preço?

O que a rede globo está fazendo irmãos é um reposicionamento mercadológico e não um gesto de caridade aos crentes "bunitinhos e cheirosinhos". Ela está apenas ajustando o seu nicho de mercado e apontando sua metralhadora midiática para os crentes já que esses representam uma bela fatia do mercado consumidor. E vamos combinar, como crente consome!

Não me importo mais com quem está se enfiando até o gargalo nesse balaio de gato, apenas oro e escrevo sobre o assunto. Na verdade, quem estiver sujo amigão, suje-se mais ainda. Não é uma questão de dureza de coração, mas de auto preservação. Não quero mais discutir com gente que não sabe metade do que acontece nos bastidores e acha que está abafando. Tenho mais o que fazer.

A rede globo não gosta de crentes de verdade porque eles incomodam. Não se conformam com promessas vazias, sabem que tem uma missão de anúncio e denúncia. Não ficam por aí desfilando sob a luz dos holofotes, se esgueiram em becos e nas células dos desesperados evangelizando os perdidos. Não estão preocupados com seu penteado na fotinho do facebook, mas em colocar comida na mesa de gente faminta e de esvaziar o inferno.

Só que em breve tempo chegará a vez dos crentes encararem a máquina devastadora chamada mercado e mídia, e quando estiverem lá no Domingão do Faustão, serão questionados sobre o casal gay da novela e sobre o adultério que é comum porque a mulher do cara é chata e a amante é maneira. Como será que responderão? A seguir cenas dos próximos capítulos...

E no mais, tudo na mais santa paz!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A esperança da falência


A ciência médica traz um diagnóstico que, à primeira vista, pode assustar os desavisados, mas que, após esclarecimentos, nos diz muito sobre o estado da igreja. Quando uma pessoa falece devido ao mau funcionamento de seu corpo, diz-se que ela teve falência múltipla de órgãos. Ou seja, um a um, cada um dos principais órgãos (cérebro, rins, pulmões e coração) para de funcionar devido a problemas de circulação sanguínea no corpo. Por falta de suprimento de energia, uma vez que não conseguia mais meios de se manterem vitais por ausência da oxigenação vinda da circulação, tais órgãos “jogam a toalha”, deixam de funcionar, levando o paciente a óbito. 

Vendo a situação da igreja evangélica brasileira, sinto um diagnóstico de falência múltipla de órgãos vindo logo por aí pelo Médico dos médicos. Assim como no corpo humano, quando sofre de problemas de circulação que levam à falência múltipla, sofremos de circulação. O sangue de Cristo não é mais tão importante entre nós. O sangue dos mártires, verdadeira sementeira da igreja nas palavras de Tertuliano, não é mais algo que atraia a membresia das comunidades locais. Em vez disso, há uma ânsia pela circulação do sangue do capitalismo no meio das denominações, ou seja, dinheiro. 

Há também falta de oxigenação. No corpo humano, a falta de oxigenação prolongada compromete irremediavelmente o cérebro. No corpo eclesial brasileiro, como já bem pontuou João Alexandre, é proibido pensar. Sempre há policiamento comportamental ou dogmático entre nós. Não sou contra dogmas. Creio neles. Para mim é inconcebível que alguém se afirmando cristão, negue publicamente a soberania de Deus, Sua onisciência/onipotência/onipresença ou ainda a divindade de Cristo, por exemplo. Mas tenho medo de dogmatismos, ou seja, da cristalização de opiniões e conceitos humanos que, com tal cristalização, assumem o valor de dogma. Um bom exemplo disso é o valor dado às palavras heréticas e blasfemas ditas por pessoas despreparadas para a ministração da Palavra, mas que alcançaram status de popstar. Afinal, questionar tais popstars é levantar a mão contra o “ungido do Senhor”... 

Mas estou esperançoso. Ainda que a igreja evangélica brasileira esteja a caminho da falência múltipla de órgãos, tenho uma grande esperança em meu coração. Digo isso porque cada vez mais entendo que igreja-instituição não é a mesma coisa que igreja-organismo. Por mais que haja pessoas que confundam os dois (se de forma inocente ou deliberada não sei), não dá para discordar de Emil Brunner e Howard Snyder, entre outros, que fizeram maravilhoso trabalho na distinção entre organização e organismo (Snyder), ou ekklesia e igreja (Brunner). 

A organização está falindo. Algumas já faliram, apesar de ainda ter seus ministros, oficiais, reuniões administrativas. Outras ainda não chegaram a este ponto. Mas a igreja de Cristo, o Corpo, o Povo de Deus, aqueles por quem as portas do inferno não resistiriam (Mt 16.18), esses continuam de pé, já que são cuidados por Ele, e não por nossos mini-papas regionais. 

Quando Jesus ressuscitou, vencendo a morte, não foi atrás de Anás e Caifás, ou bateu às portas do templo para dizer “Viu? Voltei!”. O Senhor sabia que o templo judaico estava com o diagnóstico da falência múltipla de órgãos. Antes, Jesus voltou para os Seus amados, imperfeitos e falhos discípulos. 

Hoje, como naqueles dias, Jesus não volta Seus olhos para o sistema religioso, que é apenas tolerado. Antes, volta Sua atenção a nós, rebanho de Seu pastoreio. A própria Bíblia já nos deu essa percepção muito antes de nossos tempos bicudos virem à tona. No salmo 121, o salmista diz elevar os olhos para os montes, buscando socorro (v. 1), ou seja, para Jerusalém, cidade firmada sobre montes, e símbolo da religião judaica. Em vez de esperar ajuda de Jerusalém, ou do sistema religioso de sua época, o salmista diz esperar no Senhor (v. 2). Possamos, então, sempre esperar pelo Senhor, e deixar de olhar para os montes institucionais. Nisto é que deve residir nossa esperança. 

P.S.: Agradeço ao meu amigo dr. Robson Lizzo pelas dicas de diagnóstico.
Rev. Digão


VIA

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cantores que venderam a alma!


Se não bastassem os altos cachês cobrados pelos artistas do denominado movimento "gospel", é comum observarmos que boa parte destes, trazem no bojo de suas apresentações  inúmeras exigências contratuais, que vão da hospedagem em um hotel 05 estrelas, a um camarim recheado de frutas tropicais, alimentação  requintada e bebidas especializadas. Junta-se a isso, o fato de que muitos cantores evangélicos, exigem a contratação de seguranças e carros blindados, cujo objetivo final é não permitir com que os "fãs" se aproximem do artista e do seu staff.

Caro leitor, lamentavelmente temos visto muita gente boa vendendo a alma para as gravadoras e rádios, negociando conceitos e valores, abandonando suas vocações e chamado cristão, pagando assim um preço altíssimo pela fama e o sucesso.

Sinceramente este mercado gospel me enoja! O simples fato de saber que homens e mulheres em nome de Deus se tornaram "artistas gospel" mercadejando a mensagem da Salvação Eterna, me deixa escandalizado. Confesso que não suporto mais ver a paganização do cristianismo, nem tampouco a comercialização da fé. Infelizmente em nome de Cristo, os chamados artistas de Deus se perderam no caminho, optando por atalhos que definitivamente os afastaram do centro da vontade do Senhor.

Diante do exposto pergunto:  Qual a diferença dos chamados artistas gospel para os artistas seculares? Ambos não cobram cachês? Qual a diferença das músicas cantadas? Ambas não são para entretenimento do ouvinte? Qual a diferença entre seus fãs clubes? Ambos não adoram seus ídolos? E quanto as suas canções? Não são ambas antropocêntricas? Ora, vamos combinar uma coisa? Esta historia de artista gospel é uma verdadeira vergonha. Afirmar que seus shows fazem parte de um ministério cristão é no mínimo afrontar o conceito bíblico de serviço.

Ah! Que saudade da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus! Que saudade, do louvor apaixonado, que brotava do peito dos adoradores como um grito de paixão e amor.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo assim, que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.

Pense nisso!
Renato Vargens

Igreja Evangélica de Hoje, Uma Quase Igreja Romana de Ontem

A Igreja Brasileira está se tornando uma espécie de Igreja Romana dos tempos em que as pessoas não tinham o direito de ter uma opinião e pensar diferente do Papa, pois era possível serem excomungadas. 
Não existem papas na Igreja Evangélica, mas existem certos pastores, bispos e apóstolos que se sentem com a mesma autoridade que um papa tem na Igreja Romana e tentam fazer seus fiéis acreditarem queeles não podem ser questionados por serem “ungidos de Deus”. 

É lamentável ver o que fizeram com Igreja, é lamentável ver muitas comunidades evangélicas jogarem o Evangelho na lata do lixo e tentar calar a voz de quem ainda luta por um Cristianismo Puro e Simples. 
Para os do Evangelho Fabricado, quem critica e não se conforma com a bagunça que está a Igreja, é considerado desviado, um herege... Já ouvi muito isso!! 

É mais cômodo ir com a multidão, seguir o que está dando certo, acreditar na palavra do profeta e não examinar as de Deus. Mas nem tudo que dá certo, está certo! 

Assim como a Igreja Romana tentou calar a voz de Lutero e dos Reformadores, hoje a Igreja que prega o Evangelho Fabricado tenta calar a voz da Verdadeira Igreja de Cristo, que luta contra as heresias pregadas por esses homens. 
Paulo nos orienta a pregar o Evangelho a todo tempo, mesmo quando parece que não é tempo. 
Não podemos deixar que calem nossa voz; continuemos firmes, orando ao Senhor e vivendo uma vida piedosa, amando o nosso próximo, escutando, compreendendo e ajudando os que precisam. 
Continuemos a anunciar o Verdadeiro Evangelho, mesmo que isso nos traga dor, isolamento e desprezo. 

Só a Deus, a Glória... 

WILTON LIMA
VIA


Esse evangelho “globalizado” promete...


Os evangélicos brasileiros estão em festa. Afinal, uma porta hiper-mega-super se lhes abriu! E, a partir de agora, o evangelho “globalizado” entrará nos lares de milhões de pessoas. O clamor dos que diziam “restitui” foi, finalmente, atendidoOs “sonhos de Deus” se realizaram! 

Como Zaqueu, várias celebridades gospel subiram ao palco, no domingo passado, e chamaram todas as atenções para si. Aos críticos restou assistir ao show “entre a plateia”, enquanto os astros festejavam: “Tem sabor de mel, tem sabor de mel”.


Entretanto, eu fiquei um tanto decepcionado com o Festival Promessas... Esperava mais extravagância. O público até que dançou, ao som de ritmos frenéticos. Mas senti falta daquele grupo de dançarinos rodopiando para lá e para cá. Também não houve “unção do leão”, “cair no Espírito” ou encenação de linchamento do Diabo.

Outro ponto negativo: nenhum cantor profetizou que o Brasil seria hexacampeão em 2014. Mas, quer saber qual foi a minha maior decepção? Alguns cantores, por incrível que pareça, falaram de Jesus!


Ironias à parte (pois eu reconheço que elas são irritantes), esperarei um pouco para dar uma opinião mais embasada sobre a aliança comercial estabelecida entre a Rede Globo e os astros do mundo gospel. Mas todos os meus leitores já sabem que não morro de amores pelo evangelho-show. Isso não significa que eu seja contra os cantores e músicos evangélicos — tenho até alguns amigos famosos!

Não quero que me vejam como estraga-prazeres! Oponho-me, na verdade, ao que a Bíblia condena: o secularismo (Rm 12.1,2), o estrelismo (Sl 138.6), o exibicionismo (At 12.21-23), o mercantilismo da Palavra (2 Co 2.17), o ecumenismo (Jo 14.23), o hedonismo (2 Tm 4.10) e tantas outras influências filosóficas constantes do evangelicalismo moderno (2 Co 11.3,4; 1 Tm 6.3,4).


Quem conhece de fato o Evangelho sabe que ele é cristocêntrico, e não antropocêntrico (1 Co 1.22,23; 2.1-5). Como podemos louvar a Deus com hinos (hinos?) feitos para massagear o ego das pessoas, ou mediante composições que priorizam sonhos e promessas, mas nada falam das doutrinas, mandamentos e princípios contidos nas Escrituras? Precisamos voltar a glorificar a Deus com hinos que enalteçam a Jesus e enfatizem a sua obra expiatória.


Deus não prioriza multidões. Ele prioriza a verdade (Mt 7.13,14,21-23). Lembra-se do que está escrito em João 6.51-69? O Senhor Jesus, através do seu “duro discurso”, mandou embora uma grande multidão de interesseiros. Depois que Ele disse a verdade ao povo, restaram apenas os doze apóstolos. E a estes o Mestre disse o quê? “Quereis vós também retirar-vos?” (v.67). Certamente diante de olhos arregalados, Pedro respondeu: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (vv.68,69).


Responda com sinceridade, caro leitor: Aquela multidão de evangélicos que compareceu ao festival em apreço estava ali por amor à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra? Ela estaria disposta a — como nos dias de Esdras e Neemias (Ne 8.1-12) — ouvir atentamente a exposição das Escrituras?

Permaneceriam aqueles jovens no mesmo lugar, atentos, caso ouvissem um “duro discurso”? Penso que não. Afinal, nos shows gospel, “dá vontade de pular, dá vontade de dançar, dá vontade de gritar, dá vontade de correr”. Só não dá vontade de ouvir a Palavra de Deus.

Disse o Senhor: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias dos teus instrumentos” (Am 5.23). 
Duro é este artigo. Quem o pode ler?

Ciro Sanches Zibordi

domingo, 11 de dezembro de 2011

Globo e eu, nada a ver.




Durante todo o ano de 2011 fiquei observando a repercussão de notícias referentes à nova postura da rede Globo diante, não dos evangélicos, mas dos artistas gospels. 

Pessoalmente achei muito natural esta abertura, mesmo considerando a histórica antipatia da referida rede com os evangélicos, expressa em personagens caricatos em suas novelas, em notícias na grande rede (ou na falta delas) dentre outras, afinal de contas, ela é uma empresa, e como tal, se importa com lucros.

Bem sabemos do crescimento da população que se diz evangélica e de como o seu poder de consumo é grande, assim, nada mais natural que a Globo, através especialmente de sua gravadora, Som Livre, busque uma fatia deste bolo.

Mas o que me deixa realmente espantado e absolutamente frustrado é saber que os mesmos que durante décadas trataram a Globo como um antro de perdição, estatal de satanás, rede aberta de apologia a tudo o que é profano, agora, simplesmente por ela ter decidido investir no meio gospel, referem-se a ela como parceira.

Todos os dias leio nas mais diversas redes sociais que agora a Globo está “aos pés do Senhor Jesus”. Nada poderia ser mais ingênuo. Porém não se trata apenas de ingenuidade, pois muitos evangélicos estão ganhando muita grana com isso.

Agora fecham os olhos para as apologias que ela continua fazendo ao pecado, este ano inclusive com muito mais ousadia. Dizem que é uma oportunidade para Jesus, como se nosso Cristo dependesse de uma rede de televisão profana.

Ao bem da verdade é sim uma oportunidade. Uma nova oportunidade para nossos tão amados (idolatrados) artistas gospels enriquecerem ainda mais, as custas da adoração, que é uma obrigatoriedade de todo cristão.

Oh glória!

Agora deveria ser a hora de dizer: Não Globo, obrigado, o povo cristão não precisa de você nem do seu dinheiro.

Desculpa, mas outra vez perdemos a oportunidade de sermos cristãos...

Ruy Cavalcante