segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mein Kampf II : Jair Bolsonaro declara que o sangue de gays deve ser separado.

Bolsonaro vai apresentar projeto de lei para separar sangue gay do hétero nos hospitais

Bolsonaro quer separar sangue de gays do sangue de héteros nos hospitais

UOL
Marcelo Cia  




O deputado Jair Bolsonaro (PP - RJ) afirmou nesta quinta-feira que vai propor um projeto de lei que garanta que a pessoa que necessitar de transfusão de sangue possa optar por receber apenas sangue doado por um heterossexual. Segundo o deputado, homossexuais correm risco de ter o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis 17 vezes a mais que heterossexuais, e isso justificaria sua proposta. Ainda segundo Bolsonaro, esse é um dado do próprio Ministério da Saúde, que recentemente flexibilizou oa doação de sangue para homossexuais. Até então, homossexuais eram proibidos de doar sangue. A partir do mês de junho último, o Ministério da Saúde lançou novas regras para a doação de sangue e garantiu que o homem homossexual possa doar sangue desde que tenha parcerio fixo ou que não tenha feito sexo nos últimos doze meses.

O deputado Bolsonaro afirma que o sangue doado é "todo misturado" e que, portanto, o receptor deve saber se está recebendo sangue gay ou heterossexual.

A proposta ainda não foi apresentada na Câmara.


Comentário de Danilo Fernandes
Todo sangue doado passa por testes diversos antes de ser utilizado. De fato, desde a década de 90 o Brasil tem um dos protocolos mais rigorosos do mundo neste aspecto.  Quando um acidente ocorre é caso de Jornal Nacional.
Sugerir este tipo de "medida" neste momento da história brasileira é uma forma de ofender a dignidade humana das pessoas em um grau comparável ao que fez Hitler em relação aos judeus e muitas outras nações em relação aos negros.
Discordar da prática de outras pessoas, abominar o pecado não dá o direito a este homem de ofender as pessoas assim, mesmo que tenha sido ofendido. Isto é baixo.
Assistimos aqui uma defesa aberta da eugenia. Uma das poucas exceções à liberdade de expressão nos países civilizados, por ser a base da ideologia da limpeza étnica, da escravidão, etc.  Não há um pingo de cristianismo nestas atitudes. Isto é uma monstruosidade.
Obviamente, diante disto, se há um Sangue que devia ser a preocupação de Bolsonaro, este é o de Jesus. Um que definitivamente nunca o tocou.


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