quinta-feira, 19 de abril de 2012

Igreja brasileira está em crise ideológica', diz líder evangélico

Aconteceu no último dia 12, no Fórum Nacional de Música Gospel, evento que integra a programação do Salão Internacional Gospel, a palestra do Reverendo Paulo Siqueira, que explicou o que defende como “a volta das igrejas para o evangelho puro e simples”.
“Queremos levar as igrejas à reflexão”, disse ele em entrevista exclusiva ao The Christian Post, logo após a palestra.

Para o Reverendo, a igreja está passando por uma crise que ficou evidente com o escândalo envolvendo o casal Hernandes, fundadores da igreja Renascer em Cristo, deportados dos Estados Unidos após tentarem entrar no país em janeiro de 2007 com US$ 56 mil não declarados, sendo US$ 9 mil dentro de uma Bíblia.

O casal admitiu culpa nos crimes e ficou por dois anos em prisão domiciliar em Miami. No Brasil, eles também tinham acusações de usar o dinheiro da igreja em benefício próprio.

“Não é assim, a igreja não pode ficar passiva diante um ato desses. Devemos levar ao debate, isto não é o evangelho”, disse Paulo.

Casos como estes, em sua opinião, causam uma repercussão negativa aos evangélicos, “em vez de refletir, ao contrário, a igreja não se importou”, continuou, “a igreja brasileira está em uma crise ideológica”.

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Foi então que ele criou a “Marcha pela Ética Evangélica”, defendendo a volta ao evangelho puro e simples, que, segundo ele, significa “voltar ao que Jesus pregou. A igreja deve responder pela sua responsabilidade social, e às responsabilidades no mundo”.

Durante palestra, ele contou a sua trajetória que já dura 3 anos, com o slogan “O show tem que parar”.

O Reverendo chama a atenção para a mercantilização da igreja. “Hoje temos cursos de administração eclesiástica, porque a igreja tem que ser administrada, mas lamentavelmente, administrada como um negócio”.

Para ele, o crescimento econômico e o destaque na mídia que a igreja evangélica vem tendo nos últimos tempos seduziram muitos líderes. “A prova disso é que muitos evangélicos que jamais estariam no mercado secular de música, hoje estão neste mercado secular de forma totalmente natural”, explica.

“O que seria tratado como absurdo por muitos músicos antigamente, hoje é tratado de uma forma totalmente natural”, reforça Paulo, se referindo à glamorização do mercado musical gospel.

Para ele, há uma banalização do que vem da igreja, seja nos cultos, seja na música. “É preciso diferenciar a música que adora a Deus e a música que vende no mercado. A igreja deve ser respeitada. No momento do culto, nós nos achegamos a Deus”.

Com esta ideologia, ele pretende continuar frequentando eventos gospel e promover protestos com o slogan “o show tem que parar”.

VIA

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