Meus irmãos da Terra do Sol Nascente
Gente de valor, povo valente
Que na hora da dor, olha pra frente
Quem conseguiu soerguer-se após Hiroshima
Jamais se entrega, dá a volta por cima
Nem mesmo a tragédia o desanima
Não pense que é Deus quem os castiga
Ou que a natureza é sua inimiga
Resposta fácil não há quem consiga
Não é o fim do mundo, como alguém sugere
Ou sinais dos tempos, se assim prefere
Mas gemidos da criação que está prestes a parir
Novo céu e nova terra prometidos no porvir
Contrações já são sentidas em forma de tremor
E a bolsa que se rompe, inunda o chão, causa pavor
Os suspiros violentos cada vez são mais intensos
percebidos como ventos, cujos estragos são imensos
Seja aí, seja acolá ou seja aqui
Seja o Japão, Teresópolis ou Haiti
Que lugar é seguro? pra onde fugir?
Pra escapar só há um jeito: se prevenir.
Tratar o planeta como se fosse gestante
Ajudá-lo no parto, amparar o infante
E como se isso não fosse o bastante
Apostar no futuro, seguir confiante
Autor: Hermes C. Fernandes na madrugada de 13/03/2011
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