segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SOBRE TRAUMA, INVEJA, VAIDADE E MÁSCARA DOS BONS PASTORES



Esse final de semana, a começar de sexta-feira, foi uma correria, no melhor sentido de correria.
Tantos suores para acudir pessoas carentes e quando chega domingo à noite, sou obrigado a ouvir os dissabores de pessoas que, sem sombra de dúvida, não tem nada melhor para fazer na vida.

Procuram-me para lamentar sobre episódios de desentendimentos de gente grande. De gente barbada.
Tanta gente inteligente, porém fleumática e desocupada. Fica discutindo questões como, “os caiólatras”, os “ed’ólatras”, “os gondiólatras”.

Vocês são inteligentes. Não é difícil de perceber, que na maioria das vezes, é briga de ego e de gente que não quer perder o status de sua opinião como relevante.
Não é fácil para um pastor que tem a sua igreja, ver que a contingência de cristãos fora do rol de membro está estabelecida, mesmo a despeito de seu esforço intelectual para desestimular isso.

Deixem que usem podcast, lançamentos de livros, seus cultos, seus cafés e seus gabinetes para se manifestarem da forma que lhes são convenientes.
Saibam separar aquilo que eles têm de bom, daquilo que devem ser jogados no fogo da inutilidade e ostracismo.
Levando tudo em consideração, vocês os tornam muito mais do que formadores de opinião, vocês os tornam destiladores de opinião e destilar não algo saudável e compatível ao Evangelho.

Vocês se alimentam das poeiras das celeumas virtuais e dos fuxicos em seus encontros. Os fatos são outros, as realidades são incompatíveis àquelas que chegam aos seus ouvidos.
As versões que chegam até você são parciais e convenientes. Não sejam inocentes para serem envenenados com quem se apresenta como uma vítima, um coitadinho, um homem bom.

Retenha apenas o que é bom.
No demais, a fila anda. Quem não tem nada para fazer, faça um favor para mim, arrume duas vagas numa clínica de recuperação para que dois amigos, moradores de rua sejam ajudados.

“...Só encontro gente amarga mergulhada no passado, procurando repartir seu mundo errado...” - Taiguara

A fila deve andar.
Moisés Lourenço

Um comentário:

  1. Muitíssimo contundente! E qual conselho poseria ser melhor do que reter o que é bom?
    Muito bom, pastor.

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